1 – ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO – IPCA
Como pode ser observado no Gráfico 1, o Distrito Federal registrou inflação de 0,48% em fevereiro de 2023 de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a quarta variação positiva consecutiva no indicador da capital federal. Esse resultado, contudo, é inferior à inflação nacional do mês, que ficou em 0,84%. De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado é o segundo menor entre as 16 regiões pesquisadas. Apesar do resultado mensal abaixo da média, o Distrito Federal fecha o acumulado de 12 meses com uma inflação de 5,61%, patamar um pouco superior ao índice nacional, que fechou o ano em 5,60%.
Gráfico 1 – IPCA – Variação mensal e acumulada em 12 meses (%) – Brasil e Regiões Pesquisadas – fevereiro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan
De acordo com Gráfico 2 e a Tabela 1, as duas maiores contribuições positivas ficaram a cargo dos grupos de Educação (+6,55% e +0,46 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (+1,26% e +0,17 p.p.). Já as maiores altas nos subitens foram na Ensino Fundamental (+10,38% e +0,16 p.p.) e de Ensino Superior (+7,51% e 0,13 p.p.). Os grupos de Transportes (-1,05% e -0,24p.p.) e Habitação (-0,20% e -0,03p.p.) se destacaram por apresentarem deflação no mês. Assim como, os subitens que apresentaram as maiores quedas de preço no mês foram a Gasolina ( -2,43% e -0,16 p.p.) e a Passagem Aérea ( -10,06% e -0,14 p.p.).
Gráfico 2 – IPCA – Variação mensal (%) e contribuição (p.p.), por grupo – Brasília – fevereiro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan
Tabela 1 – IPCA – 10 maiores contribuições positivas (azul) e negativas (laranja) e suas respectivas variações mensais, por subitem – Distrito Federal – fevereiro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan
2 – ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – INPC
Ilustrado no Gráfico 3, a inflação incidente sobre as famílias com rendimentos entre um e cinco salários mínimos, mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), registrou uma variação positiva de 0,34% em fevereiro de 2023, valor abaixo do registrado pelo IPCA (0,48%) no mês de referência. No acumulado em 12 meses, a inflação fechou o ano em +4,62% na capital federal e em +5,47% na média nacional.
Gráfico 3 – INPC – Variação mensal (%) – Brasil e Regiões Pesquisadas – fevereiro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan
Como pode ser observado no Gráfico 4 e na Tabela 2, o grupo Educação se destacou como a maior contribuição positiva para o INPC do mês, adicionando 0,29 p.p. ao índice geral. Já o segundo grupo com maior contribuição foi Saúde e cuidados pessoais (+1.95% e 0,18 p.p.). Já os subitens que mostraram maiores inflações no mês pelo INPC foram os subitens de Perfume (7,89% e 0,10 p.p.) e Ensino Superior (7,51% e 0,09 p.p.). Todavia, os dois grupos que apresentaram maior deflação no mês foram os de Transportes (-0,86% e -0,20 p.p.) e Artigos de Residência (-0,47% e -0,02 p.p.). Assim como, os subitens que tiveram as maiores deflações foram Gasolina (-2,43% e -0,16 p.p.) e Passagens Aéreas (-10,06% e -0,09 p.p.).
Gráfico 4 – INPC – Variação mensal (%) e contribuição (p.p.), por grupo – Distrito Federal – fevereiro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan
Tabela 2 – INPC – 10 maiores contribuições positivas (azul) e negativas (laranja) e suas respectivas variações mensais, por subitem – Distrito Federal – fevereiro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan
3-IPCA por faixa de renda
Pode-se perceber no Gráfico 5 que diante dessa dinâmica, os diferentes estratos sociais da população do Distrito Federal perceberam de forma mais ou menos intensa a inflação do período. O indicador calculado pelo IPEDF mostra que as famílias de renda alta verificaram um acréscimo de 0,98% no custo da sua cesta de consumo, enquanto as de renda baixa enfrentaram também uma inflação de 1,96%. Já as famílias de rendas média-alta e média-baixa observaram expansões de 1,58% e 1,37% no custo de suas cestas, respectivamente. Isso se deve aos diferentes pesos que os itens têm nas cestas de consumo das famílias de cada faixa de renda. Em fevereiro, por exemplo, passagem aérea, que tem uma participação maior na cesta das famílias de renda alta, foi um dos subitens com maior deflação pelo IBGE (-10,06%). Por outro lado, energia elétrica residencial, que é um item que pesa mais no orçamento de famílias mais pobres, apresentou deflação (-0,72%).
Gráfico 5 – IPCA por faixa de renda – Variação mensal (%) – Distrito Federal – fevereiro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan
4-Índice CEASA do Distrito Federal
O ICDF de fevereiro de 2023 registrou variação positiva, 7,36%, em relação ao mês anterior. O Setor de Frutas variou positivamente, 1,89%, assim como o Setor de Legumes, 20,52%, o Setor de Verduras, 21,19%, e o Setor de Ovos e Grãos, 6,50%. Destaque para o melão, 48,21%, devido ao fim de safra nos estados de RN e CE e Porém produtos em época de safra na região registraram queda, tais como o abacate, (-32,75%), e a goiaba, (-17,16%). Cenoura, 98,84%, devido às chuvas em regiões produtoras de MG, o que afeta o plantio e a colheita, bem como a qualidade do produto. As chuvas também afetaram a produção de berinjela, 63,32%, o tomate, 26,69%. Devido à maior demanda em período de Quaresma, aliado ao descarte de poedeiras mediante custos elevados de produção, houve apreciação de ovos branco, 8,58%, e vermelho, 7,29%.
5-Considerações Finais
Inflação de fevereiro de 2023
- IPCA do DF
registra inflação de +0,48% em fevereiro, segundo menor resultado entre
as regiões pesquisadas pelo IBGE. O resultado nacional foi de +0,84%. No
acumulado em 12 meses, apresenta a nona maior inflação, com variação de +5,61%
(mês passado estava na quarta posição);
- INPC apresenta variação de +0,34%, sendo a menor variação dentre as regiões pesquisadas. O resultado nacional foi de 0,77%. No acumulado em 12 meses (+4,62%), aparece como a nona maior inflação (mês passado estava na décima quarta posição);
- A alta do IPCA no mês veio predominantemente do grupo de Educação (+0,46 p.p.) puxado pela alta no Cursos regulares (+0,42 p.p.) que tiveram alta de 8,54%, a maior desde 2016.
- As famílias de baixa renda foram mais afetadas, apresentando inflação de 0,34% no mês. Por outro lado, a faixa de renda alta verificou deflação de 0,11%, em razão, sobretudo, da queda nos preços nas passagens aéreas
- Para
o próximo mês:
- Oneração dos combustíveis (voltam a valer, parcialmente, impostos federais sobre combustíveis);
- Reajuste do preço da gasolina para as refinarias;
- Reajuste definido pela ANTT das passagens do entorno para DF (12%);
- Manutenção na bandeira verde na tarifa energia elétrica para o mês de março;
