1 – ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO – IPCA
Em novembro de 2023, o Distrito Federal teve uma inflação de 0,40%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme o Gráfico 1. Esse valor superou a inflação nacional de 0,28% e ficou como a quarta maior entre as 16 regiões analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período de 12 meses, o DF lidera com uma inflação de 5,21%, enquanto o índice nacional acumula uma inflação de 4,68%.
Gráfico 1 – IPCA – Variação mensal e acumulada em 12 meses (%) – Brasil e Regiões Pesquisadas – novembro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.
Em novembro, dos nove grupos considerados no cálculo do IPCA, seis tiveram aumento nos preços. O grupo Habitação teve a maior variação, de 0,86%, contribuindo com 0,11 ponto percentual para o índice geral. Outros grupos que registraram aumento foram Despesas pessoais (0,71% e 0,09 p.p.[1]), Transportes (0,64% e 0,15 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (0,40% e 0,06 p.p.), Alimentação e bebidas (0,24% e 0,04 p.p.) e Educação (0,03% e 0,00 p.p.). Por outro lado, o grupo Comunicação teve a maior queda (-0,70% e -0,04 p.p.), seguido por Vestuário (-0,29% e -0,01 p.p.) e Artigos de residência (-0,09% e 0,00 p.p.) (Gráfico 2). Na Tabela 1, as maiores altas entre os subitens foram passagem aérea (13,47% e 0,25 p.p.) e Energia elétrica residencial (4,03% e 0,12 p.p.), esta última ocasionada pelo reajuste tarifário que entrou em vigor no DF em 22 de outubro, determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). As maiores contribuições negativas foram nos subitens seguro voluntário de veículo (-4,04% e -0,06 p.p.) e gasolina (-0,86% e -0,06 p.p.).
Gráfico 2 – IPCA – Variação mensal (%) e contribuição (p.p.), por grupo – Brasília – novembro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.
Tabela 1 – IPCA – 10 maiores contribuições positivas (azul) e negativas (laranja) e suas respectivas variações mensais, por subitem – Distrito Federal – novembro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.
2 – ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – INPC
Em novembro, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que considera as famílias com rendimentos entre um e cinco salários mínimos, variou 0,15% no DF. Esse valor é superior ao índice nacional de 0,10% (Gráfico 3). No acumulado em 12 meses, o INPC teve um aumento de 3,82% na capital federal e de 3,85% no país.
Gráfico 3 – INPC – Variação mensal (%) – Brasil e Regiões Pesquisadas – novembro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.
O Gráfico 4 e a Tabela 2 destacam os grupos e subitens que mais influenciaram o resultado do INPC em novembro. Em contraste com o IPCA, as principais contribuições para o índice geral vieram dos grupos Habitação (0,85% e 0,16 p.p.) e Despesas pessoais (0,51% e 0,04 p.p.), refletindo as diferenças nos pesos dos itens para famílias com renda entre um e cinco salários mínimos. Outras variações positivas ocorreram nos grupos Alimentação e bebidas (0,09% e 0,02 p.p.), Vestuário (0,13% e 0,01 p.p.) e Educação (0,02% e 0,00 p.p.). Ao contrário do IPCA, os grupos Saúde e cuidados pessoais (-0,22% e -0,02 p.p.) e Transportes (-0,04% e -0,01 p.p.) registraram variação mensal negativa. As maiores deflações ficaram a cargo dos grupos Comunicação (-0,70% e -0,04 p.p.) e Artigos de residência (-0,41% e -0,01 p.p.).
Em relação aos subitens, os de maior contribuição positiva foram energia elétrica residencial (4,15% e 0,19 p.p.), do grupo Habitação, e passagem aérea (13,47% e 0,15 p.p.), do grupo Transporte. Os três subitens com maior impacto negativo foram gasolina (-0,86% e -0,06 p.p.), seguro voluntário de veículos (-4,04% e -0,06 p.p.) e automóvel usado (-1,49% e -0,04 p.p.). A queda nos preços do subitem aparelho telefônico (-2,94% e -0,04 p.p.) impulsionou a deflação no grupo Comunicação.
Gráfico 4 – INPC – Variação mensal (%) e contribuição (p.p.), por grupo – Distrito Federal – novembro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.
Tabela 2 – INPC – 10 maiores contribuições positivas (azul) e negativas (laranja) e suas respectivas variações mensais, por subitem – Distrito Federal – novembro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.
3 – IPCA por faixa de renda
O Gráfico 5 retrata a inflação no mês de novembro para diferentes faixas de renda no DF. A inflação no mês foi maior para as famílias de renda alta, com variação mensal de 0,79%, seguida pelas famílias de baixa renda, com 0,55%. Isso corrobora com as análises do IPCA e INPC, que apontou um aumento nos preços de itens de maior peso no orçamento das famílias mais ricas, como passagens aéreas, como das famílias de baixa renda, como energia elétrica. Para famílias de renda média-alta, a variação foi de 0,41%, enquanto para as de média-baixa foi de 0,40%.
Gráfico 5 – IPCA por faixa de renda – Variação mensal (%) – Distrito Federal – novembro de 2023
Fonte: IBGE. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan.
4 – Índice CEASA do Distrito Federal – ICDF
O Índice Ceasa do Distrito Federal – ICDF, registrou alta na média geral dos preços de 8,01% em novembro de 2023, comparado ao mês anterior. Dentre os produtos comercializados no âmbito da CEASA/DF, o setor de FRUTAS apresentou apreciação de 2,75%; o de LEGUMES, alta de 20,39% e o de VERDURAS, alta de 17,32%. Já o setor de OVOS E GRÃOS depreciou, em -0,99%. Os fatores relacionados ao clima foram apontados como de grande impacto para justificar a maioria das altas mensais.
5 – Considerações Finais
Inflação de novembro de 2023
- O DF registrou inflação de 0,40% em novembro medida pela variação mensal do IPCA. Este foi o quarto maior resultado entre as capitais pesquisadas pelo IBGE e ficou acima da inflação nacional, de 0,28%. No acumulado em 12 meses, o DF apresentou a maior inflação das capitais, de 5,21%;
- INPC em novembro foi de 0,15%. O resultado nacional foi de 0,10%. O acumulado em 12 meses foi de 3,82%, a sétima menor inflação acumulada. O índice acumulado nacional foi de 3,85%;
- O aumento do IPCA no mês ocorreu predominantemente pelo grupo Transporte (0,64% e 0,15p.p.), enquanto no INPC o movimento se deu pelo grupo Habitação (0,85% e 0,16 p.p.);
- A incidência da inflação foi maior nas famílias de renda alta (0,79%) seguida pelas famílias de renda baixa (0,55%), de renda média-alta (0,41%) e, por fim, pelas famílias de renda média-baixa (0,40%).
[1] Variação no mês e contribuição para o resultado do índice, respectivamente. Esse padrão se mantém para todos os dados apresentados em tal formato.
