Boletim de Conjuntura: agropecuária cresce 15,7% no primeiro trimestre do ano em comparação com o trimestre anterior

O Boletim de Conjuntura traz um diagnóstico da economia do Distrito Federal analisando aspectos da produção agregada e setorial, do nível de preços, e do panorama do mercado de trabalho relativos ao trimestre anterior à sua data de divulgação. Ele oferece uma descrição dos principais resultados econômicos do DF e permite fundamentação técnica para a tomada de decisões acerca da economia distrital. Trata-se de uma publicação trimestral elaborada pela Coordenação de Análises Econômicas e Contas Regionais (CAECO), sob gerência da Diretoria de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas (DIEPS) do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF Codeplan).

A atividade econômica do DF cresceu 3,3% no acumulado em quatro trimestres em relação ao mesmo período de 2022, apesar da leve desaceleração de 0,3% em relação ao último trimestre de 2022. Seguindo a mesma tendência observada no cenário nacional, o desempenho econômico da capital federal foi puxado pelo crescimento do setor agropecuário, que apresentou uma taxa de variação trimestral de 15,7%, considerando a série com ajuste sazonal. Os produtos agropecuários compõem a principal pauta de exportação do Distrito Federal, que registrou um crescimento trimestral de 27,6%.

A inflação do DF medida pelo IPCA no primeiro trimestre foi de 1.93%, abaixo da inflação nacional (2,09%), e a sexta menor dentre as 16 regiões pesquisadas pelo IBGE. As maiores contribuições ao índice foram devidas aos grupos de Transportes (3,16% e 0,71 p.p.) e Educação (7,03% e 0,50 p.p.), refletindo as altas nos preços da gasolina (11,02%) e dos cursos regulares (8,54%). Houve uma redução na disseminação da inflação na cesta de produtos do DF, que atingiu 62,7% dos itens pesquisados pelo IBGE.

O desemprego medido pela Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED/DF) registrou uma queda 0,3p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2022. Focando a análise no mercado formal, o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED) mostra um aumento no contingente de trabalhadores, com saldo de 11,5 mil novos postos de trabalho no trimestre.