Caged: Distrito Federal gerou 4.782 postos de trabalho em outubro de 2020

Resumo

  • O Distrito Federal criou 4.782 postos de trabalho em outubro de 2020.
  • A capital do país, porém, é a 12ª no ranking de Unidades da Federação (UF) com menor saldo de vagas formais de emprego no mês de outubro.
  • Os Serviços (+4.383 vagas) e a Indústria (+424 vagas)apresentaram saldos positivos, enquanto a Agropecuária fechou 25 postos de emprego formal.
  • Em outubro, o segmento de Comércio foi o destaque na criação de vagas de trabalho (+1.798 empregos).
  • No ano, os desligamentos ainda superam as admissões em 14.572 vagas de emprego no mercado de trabalho distrital. No Brasil, o saldo negativo é de 171 mil vagas.

Pelo quarto mês consecutivo, o Distrito Federal registrou saldo positivo na criação de vagas formais de trabalho. Em outubro de 2020, as admissões (23.243 vagas) superaram os desligamentos (18.641 vagas) de forma proporcionar a geração de 4.782 postos de trabalho, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia. O número mostra uma recuperação sustentada do mercado de trabalho local após os efeitos negativos provocados pelas medidas de combate à pandemia e uma aceleração das contratações em relação ao mês anterior, cujo saldo foi quase a metade (+2.470 vagas) do registrado no mês corrente. 

É importante mencionar, no entanto, que a expectativa é de que o mercado de trabalho ainda demore para restabelecer o estoque de empregos de fevereiro de 2020, último mês antes do fechamento dos estabelecimentos comerciais no Distrito Federal. Isso ocorre pois os níveis de incerteza ainda estão elevados, de forma que os consumidores estão controlando seus gastos, impedindo a demanda de crescer e de justificar novas contratações. Da parte dos empresários, o receio de que seja necessário fechar o comércio novamente também pesa na decisão de aumentar o número de funcionários. 

Gráfico 1 – Evolução das admissões (+1), desligamentos (-1) e do saldo de empregos – Distrito Federal – janeiro a outubro de 2020 – número de vagas

Fonte: CAGED/Ministério da Economia. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan.

A capital do país ocupa a 12ª posição no ranking de UFs com menor saldo de vagas formais de emprego no mês. Os maiores saldos foram os de São Paulo (119.262 postos), Minas Gerais (42.124) e Paraná (33.008), enquanto o menor saldo foi observado no Roraima (673 postos). No Brasil, foram criadas 394.989 vagas em outubro de 2020.

Gráfico 2 – Comparativo do saldo do mercado de trabalho – Distrito Federal e estados brasileiros – outubro de 2020 – número de vagas

Fonte: CAGED/Ministério da Economia. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan.

O setor que apresentou melhor desempenho em outubro de 2020 foi o de Serviços, cujo saldo positivo de 4.383 vagas, que representa 91,7% do saldo registrado em outubro de 2020, foi fomentado, principalmente, pela atividade de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+1.798 postos). Esse movimento reflete, em parte, o relaxamento das regras de restrição ao horário de funcionamento e capacidade de atendimento dos estabelecimentos da capital.

Tabela 1 – Saldo das admissões (+1) e desligamentos (-1) formais, por setor de atividade econômica – Brasil e Distrito Federal – outubro de 2020

Fonte: CAGED/Ministério da Economia. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan.

A Indústria também observou criação líquida de vagas de trabalho com a abertura de 424 novos postos de trabalho formal. A maior parte desse saldo positivo veio da Indústria de Transformação (+ 413 vagas). Já a Agricultura foi o único setor a fechar postos de trabalho em outubro de 2020, com a destruição de 25 vagas formais de emprego.

Acumulado do ano

Apesar dos resultados positivos nos últimos quatro meses, o Distrito Federal ainda acumula a perda de 14.572 postos formais de trabalho entre janeiro e outubro de 2020. Como base de comparação, ao longo de todo o ano de 2019, foram gerados 16.241 empregos na região. Esse resultado mostra que ainda há um longo caminho a percorrer para o completo restabelecimento do mercado de trabalho distrital, assim como para que a população recupere o seu poder de compra anterior à crise de saúde pública. No Brasil, no mesmo período, foram extintas 171.139 vagas de emprego formal.