PIB do Distrito Federal variou 2,8% em 2020

O Produto Interno Bruto do Distrito Federal (PIB-DF) acumulou ao longo de 2020, em valores correntes, R$ 265,847 bilhões, resultado que manteve o Distrito Federal na oitava posição entre as maiores economias estaduais do Brasil desde o início da nova série, em 2010. Em 2019, o PIB do DF totalizou R$ 273,614 bilhões (2,8% na variação nominal contra o ano anterior) .

Na comparação de 2020 com 2019, o Distrito Federal registrou variação negativa de 2,6% para o volume (variação real) do PIB. Após o cenário de crise vivido entre 2015 e 2017, o PIB-DF evidenciou uma recuperação mesmo que em ritmo lento, de 0,3% em 2017/2016 e 1,7% em 2018/2017. O índice registrado pelo PIB-DF ficou acima da média brasileira, de queda de 3,3%.

O Brasil e o Distrito Federal possuem estruturas econômicas distintas[1]. O perfil produtivo local é pautado, essencialmente, pela dinâmica do setor de Serviços, com grande influência da atividade pública, que confere ao Distrito Federal certa estabilidade, tanto em períodos de crise quanto de progresso econômico. No DF, os setores Agropecuário e Industrial possuem pequena representatividade, em termos relativos.

Gráfico 1 – Evolução do volume do PIB do Brasil e do Distrito Federal (%) – 2003 a 2020

Fontes: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan e IBGE em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA.

O Setor Agropecuário é o de menor participação na estrutura produtiva do Distrito Federal e totalizou em 2020, R$ 1,624 bilhão de valor adicionado bruto. Em volume cresceu 19,8%, após avançar 1,2% em 2019. A participação da Agropecuária no valor adicionado total da economia local aumentou de 0,4%, em 2019, para 0,7%, em 2020, a maior em toda a série, iniciada em 1985. O movimento positivo do setor contrariou os efeitos da crise da pandemia da Covid-19 experimentada pelos demais setores, assim como no contexto nacional, que apontou crescimento médio de 4,2% para a Agropecuária.

A Indústria apontou queda em volume de 0,8% em 2020, na comparação com o ano anterior, gerando R$ 10,942 bilhões em valor adicionado. Apesar do recuo em termos reais, houve alta dos preços médios praticados no setor. E a participação relativa no valor adicionado total aumentou, passando de 3,9% para 4,6%, entre 2019 e 2020. No Brasil, o setor industrial contraiu 3,0%.

O Setor de Serviços é preponderante na economia do Distrito Federal e contraiu 2,8%, entre 2019 e 2020. Com valor adicionado bruto de R$ 227,815 bilhões em 2020, perdeu participação relativa na economia local, passando de 95,7% no ano anterior para 94,8%. O cenário foi resultado, sobretudo, das medidas de distanciamento social adotadas na pandemia da Covid-19, que restringiram a produção e o consumo de serviços. Nove das 11 atividades apresentaram volume negativo.

Gráfico 2 – Variação em volume do PIB, do valor adicionado dos setores econômicos e dos impostos sobre produtos, líquidos de subsídios – Distrito Federal – 2011 a 2020

Fontes: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan e IBGE em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA.


[1] Participação dos grandes setores no valor adicionado total, em 2020. Brasil: Agropecuária (6,6%), Indústria (22,5%) e Serviços (70,9%). Distrito Federal: Agropecuária (0,7%), Indústria (4,6%) e Serviços (94,8%).