PED: Taxa de desemprego fica em 15,7% no DF em julho

  • Resumo
    • A taxa de desemprego do Distrito Federal ficou em 15,7% em julho de 2022, ficando estável em relação ao mês anterior (15,6%);
    • A taxa de participação manteve-se estável em 64,2%;
    • A Construção foi a atividade que mais gerou empregos (+4 mil pessoas);
    • Os assalariados do setor privado com carteira assinada foram a posição que mais perderam ocupados (-7 mil pessoas);
    • O rendimento médio mensal real dos ocupados em junho de 2022 reduziu em 0,27% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Gráfico 1– Evolução da taxa de desemprego e da taxa de participação –Percentual (%)- Distrito Federal- julho de 2021 a julho de 2022

Fonte: PED-DF. Convênio Codeplan e Dieese. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan

A taxa de desemprego do Distrito Federal ficou em 15,7% em julho de 2022. O percentual é 0,1% ponto percentual (p.p) superior ao verificado no mês anterior (15,6%) e representa uma contração de 2,5 p.p., quando comparado a julho de 2021 (18,2%). Assim, verifica-se que o mercado de trabalho distrital segue em trajetória sustentada de recuperação, apesar da relativa manutenção na taxa de desemprego de julho em relação a junho. O número de desocupados subiu 1,2% no período analisado, chegando a 260 mil pessoas, enquanto o contingente de ocupados caiu 0,2%. Porém, a taxa de participação manteve-se estável em 64,2% no período.

A decomposição da variação da taxa de desemprego, apresentada no Gráfico 2, revela que o recuo do número de ocupados contribuiu com +0,1 ponto percentual (p.p) para o aumento da taxa de desemprego entre junho e julho. Por outro lado, o crescimento vegetativo da população distrital acresceu 0,1 p.p ao indicador.

Gráfico 2 – Decomposição da variação mensal da taxa de desemprego – Percentual (%) e ponto percentual (p.p.) – Distrito Federal – julho de 2022

Fonte: PED-DF. Convênio IPEDF Codeplan e Dieese. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan

Em julho, o quadro de ocupados foi de 1.391 mil pessoas, apresentando uma redução de 0,1% (-2 mil trabalhadores) em relação a junho (Tabela 1). Esse resultado ocorreu, entre outros fatores, devido a uma redução no número de empregados no Comércio (-2 mil vagas), em Serviços (-2 mil postos de trabalho), na Indústria de transformação (-1 mil) e na Administração Pública (-1 mil vagas). Já a Construção apresentou aumento no período (+4 mil vagas), segurando um resultado de maior redução no mercado de trabalho no mês.

Tabela 1 – Estimativa do número de ocupados, segundo setores de atividade – Distrito Federal – junho e julho de 2022

Fonte: PED-DF. Convênio IPEDF Codeplan e Dieese. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan

Quanto à posição na ocupação (Tabela 2), é possível verificar uma contração dos Assalariados do setor privado com carteira assinada (-7 mil empregados). Por outro lado, os Assalariados sem carteira assinada (+3 mil empregados), Assalariados do setor público (+1 mil empregados) e trabalhadores autônomos (+ 1 mil empregados) apresentaram um aumento no número de ocupados, mas insuficiente para compensar a perda nas outras posições. Houve também uma estabilidade nas categorias de Empregos Domésticos e de Demais posições com relação ao mês de junho.

Tabela 2 – Estimativas do número de ocupados, segundo posição na ocupação – Distrito Federal – junho e julho de 2022

Fonte: PED-DF. Convênio IPEDF Codeplan e Dieese. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan

Por fim, o rendimento médio real dos trabalhadores ocupados apresentou uma alta. Entre maio e junho, houve um aumento de 0,6%, levando para R$ 4.064,00 o valor recebido pelos trabalhadores ocupados. Em relação a junho de 2021, o resultado é de redução de 0,27%.

Tabela 3 – Estimativas consolidadas da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal – junho e julho de 2022

Fonte: PED-DF. Convênio IPEDF Codeplan e Dieese. Elaboração: CAECO/DIEPS/IPEDF Codeplan