Resumo
- O IPCA-15 do Distrito Federal registrou alta de 1,05% em fevereiro de 2022, a maior para o mês desde 2006.
- O resultado é o 6º maior entre as regiões pesquisadas.
- A principal contribuição positiva foi do grupo Educação (+0,38 p.p.), tradicional do mês de fevereiro.
- No acumulado em 12 meses, Brasília (DF) registra alta de 10,23%, mas se encontra abaixo da média nacional, de 10,76%.
Gráfico 1 – Variação mensal e acumulada em 12 meses – % – Brasil e regiões pesquisadas – fevereirode 2022
Fonte: IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/CODEPLAN
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou alta de 1,05% na capital federal em fevereiro de 2022, apresentando aceleração do ritmo de crescimento dos preços, uma vez que o percentual de janeiro foi de +0,19%. Foi a maior variação para um mês de fevereiro desde 2006, quando havia sido de +1,20%. De acordo com os resultados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Distrito Federal teve a sexta maior inflação mensal entre as regiões pesquisadas. No acumulado em 12 meses, porém, o IPCA-15 da capital federal é o quarto menor do país. O Brasil, por sua vez, detém percentuais de 0,99% e 10,76%, respectivamente.
Em fevereiro, todos os grupos acompanhados na capital federal perceberam incremento de preços. O grupo de Educação foi o que observou a maior variação mensal em fevereiro e, por causa disso, representou o maior peso dentro do índice geral (+0,38 p.p.). Por outro lado, Saúde e cuidados pessoais verificou o menor percentual de alta, 0,02%, o que levou a uma contribuição nula para o IPCA-15 do mês, como é mostrado no Gráfico 2.
Gráfico 2 – Variação (%) e contribuição (p.p), por grupo de produtos – Distrito Federal – fevereiro de 2022
Fonte: IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/CODEPLAN
As Tabelas 1 e 2 mostram as contribuições de itens e subitens para o resultado geral, respectivamente. Nos itens, os Cursos regulares apresentaram a maior contribuição positiva (+ 0,34 p.p), seguidos de Veículo próprio (+ 0,14 p.p), refletindo, nessa ordem, a pressão inflacionária dos subitens Ensino superior (+0,14 p.p.) e Ensino fundamental (+0,10 p.p.) em função do período de renovação de matrículas, e Automóvel novo (+ 0,05 p.p.), cuja escassez de componentes eletrônicos tem encarecido os custos de fabricação desse produto.
Tabela 1 – Maiores contribuições (p.p) e suas respectivas variações (%), por item – Distrito Federal – fevereiro de 2022
Fonte: IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/CODEPLAN
Entre as variações negativas nos itens, o Transporte público, com sua variação negativa de 1,66% e contribuição de -0,05 p.p. figura, novamente, como fonte de deflação na capital federal. Esse comportamento reflete, majoritariamente, a queda no preço da Passagem aérea (-4,47% e -0,05 p.p.).
Tabela 2 – Maiores contribuições (p.p) e suas respectivas variações (%), por subitem – Distrito Federal – fevereiro de 2022
Fonte: IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/CODEPLAN