PNADCT: No terceiro trimestre de 2021, taxa de desemprego no DF fica em 14,5%

Resumo

  • A taxa de desocupação do Distrito Federal encerrou o terceiro trimestre de 2021 em 14,5%, avançando 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre passado. Em relação ao mesmo trimestre de 2020, porém, houve recuo de 1,2 ponto percentual.
  • A população ocupada no Distrito Federal apresentou aumento de 9,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, representando 121 mil novos postos de trabalho.
  • Em relação ao trimestre passado, o crescimento de 3,3% no número de ocupados não foi capaz de superar o avanço de 2,8 p.p. na taxa de participação local, ou seja, no número de pessoas efetivamente procurando emprego no período.
  • O rendimento real médio dos trabalhadores locais foi de R$ 4.177 no terceiro trimestre de 2021, apresentando contração de 3,9% em relação à igual período do ano anterior.

Gráfico 1 – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral – Taxa de desocupação, com e sem ajuste sazonal – Distrito Federal – 1T2017 a 3T2021

Fonte: PNAD Contínua Trimestral/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan.
Dessazonalização realizada através do método X13-ARIMA-SEATS.

A taxa de desocupação do Distrito Federal encerrou o terceiro trimestre de 2021 em 14,5%, apresentando avanço de 0,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Os dados vêm da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral divulgada pelo IBGE.

A população ocupada no Distrito Federal apresentou aumento de 47 mil pessoas (+1,5%) entre o segundo e o terceiro trimestres de 2021. Esse bom resultado tem sido consistente a partir do terceiro trimestre de 2020, após a intensa contração observada no primeiro semestre daquele ano em função da pandemia do novo coronavírus na capital federal, com crescimentos no número de ocupados locais em quatro dos cinco semestres. Dessa forma, quando comparada ao mesmo trimestre de 2020, o número de ocupados no terceiro trimestre de 2021 aponta expansão de 121 mil pessoas.

A taxa de desemprego local se elevou em relação ao trimestre passado apesar de um aumento no número de ocupados em função do crescimento da taxa de participação da força de trabalho, ou seja, do número de pessoas efetivamente procurando emprego no período. Isso significa que o número de novas contratações não foi suficiente para absorver os novos entrantes no mercado de trabalho. Essa taxa passou de 66,1% no segundo trimestre de 2021 para 68,9% no terceiro, seu maior valor desde o terceiro trimestre de 2019. Esse resultado pode apontar indícios de recuperação da confiança da população em suas perspectivas de conseguir emprego, com mais indivíduos se aventurando no mercado de trabalho. Em relação ao mesmo trimestre de 2021, o indicador aponta avanço de 4,9 pontos percentuais.

No que se refere às ocupações dos trabalhadores, houve expansão no número de empregados em relação ao mesmo trimestre do ano anterior em sete das oito ocupações analisadas. Os trabalhadores por conta própria (+40 mil pessoas) e os empregados sem carteira assinada, tanto no setor privado (+31 mil pessoas) quanto domésticos (+27 mil pessoas), lideraram a criação de vagas no período. Aliado à retração de 15 mil empregos no setor público, única posição na ocupação a apresentar retração no período, esse resultado aponta uma expansão do número de ocupados advinda primariamente da informalização do mercado de trabalho distrital.

Os trabalhadores no setor privado com carteira assinada (+23 mil pessoas), empregadores (+12 mil pessoas) e trabalhadores domésticos com carteira assinada e trabalhadores familiares auxiliares (+1 mil pessoas cada) todos apresentaram resultados positivos entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo trimestre de 2020.

Por fim, o rendimento médio real dos trabalhadores locais foi de R$ 4.177 no terceiro trimestre de 2021, valor que representa uma contração de 5,8% sobre o montante de R$ 4.432 registrado no trimestre anterior e de 3,9% em relação ao terceiro trimestre de 2020. Esse resultado foi influenciado pelo crescimento da participação de ocupações de maior informalidade no mercado de trabalho da capital federal, conjuntamente à retração do número de ocupados no setor público, historicamente possuidor de remuneração mais elevado que os demais.

Tabela 1 – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral – Principais resultados – Distrito Federal – 3T2021

Fonte: PNAD Contínua Trimestral/IBGE. Elaboração: GECON/DIEPS/Codeplan.