No mês de fevereiro, o IPCA de Brasília recuou 0,18% em relação a janeiro. Trata-se da única região metropolitana pesquisada pelo IBGE a registrar deflação no mês. Considerando o pequeno avanço de janeiro (0,05%), o acumulado no ano também segue em terreno negativo (-0,13%).
Gráfico 1: Variação (%) mensal do IPCA – Brasil e Regiões Pesquisadas – fevereiro de 2019.
Fonte: IBGE/ Elaboração: Codeplan/Gecon-Nupre
O grupo com maior contribuição para o resultado do mês foi Transportes: em Brasília, o grupo registrou variação de -2,85%, ao passo que na média nacional a variação foi de -0,34%. Mais especificamente, o recuo de itens como a gasolina (-1,63%) e as passagens aéreas (-18,33%) exerceu forte impacto sobre o índice. Vale ressaltar que estes itens apresentam peso bastante superior na cesta de consumo do brasiliense quando comparado à média nacional. Ainda no terreno negativo, vale destacar o segundo recuo do ano no preço do tomate (-12,11%), item que sofreu avanços expressivos nos últimos dois trimestres de 2018.
No sentido oposto, o grupo Alimentação e bebidas registrou aumento de 0,96%, com destaque para os avanços nos preços do Feijão carioca (51,2%) e da Batata-inglesa (30,2%). Cabe notar, todavia, que este grupo costuma apresentar elevações mais pronunciadas no início do ano por conta do período de fortes chuvas. Vale mencionar o avanço do grupo Educação (1,96%), típico nos meses de fevereiro por conta do reajuste das mensalidades escolares. Entretanto, o valor veio abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado (3,13%). Por fim, a energia elétrica residencial – com avanço de 1,84% — também constituiu fonte de pressão no mês.
Gráfico 2 – IPCA – Variação mensal (%) de cada grupo – Brasília/DF – fevereiro de 2019.
Fonte: IBGE/ Elaboração: Codeplan/Gecon-Nupre
Diante do baixo resultado em fevereiro, o IPCA de Brasília apresentou recuo também no acumulado em doze meses, ao registrar 2,89% em fevereiro ante 3,27% em janeiro. Com isso, o IPCA de Brasília se aproxima do limite inferior da meta de inflação perseguida pelo Banco Central a nível nacional (2,75%). Sobre este aspecto, cabe notar que para 2019 foi fixado um novo intervalo para a meta: 2,75-5,25% com centro em 4,25% ante 3,0-6,0% com centro em 4,5% em 2018.
Gráfico 3 – IPCA – Variação percentual acumulada em 12 meses – Brasil e Brasília – fevereiro de 2019
Fonte: IBGE/ Elaboração: Codeplan/Gecon-Nupre
Para mais detalhes, segue o Boletim do IPCA/INPCA de Fevereiro.
